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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Opinião - Transformers: A Era da Extinção


Para assistir (e falar) de Transformers: A Era da Extinção deve-se ter algo em mente: A ideia do filme é te entreter com cenas espetaculares com lutas de robôs gigantes que se transformam em carros altamente desejáveis. Pra falar a verdade o público alvo são crianças e adolescentes, então nem se preocupar em entender é muito válido. Bom, partindo dessa ideia o negócio é discutir o filme sem muitos critérios e maneirar nas críticas.

Não tem como não criticar. É rapidinho. Não se sabe o que é pior no filme a atuação ou o personagem do Mark Wahlberg. Pra falar a verdade todo o núcleo humano do filme é praticamente dispensável, tirando o governo com os militares é claro. O romancezinho da filha dele com um bonitão genérico e o amor de pai protetor não convencem em momento algum.

Quando houve a notícia de que não seria Shia LaBeouf que protagonizaria o correto a se pensar é que finalmente iria acabar essa “malhaçãozisse” dos filmes. Não. Foi a mesma coisa só que com um cara mais forte e com nome melhor no mercado. E pra piorar, Wahlberg é um inventor que sonha que um dia uma de suas invenções babacas dê certo. Ele tem complexo de Flik da Vida de Inseto.
  
Foi o melhor que eu consegui fazer


Deixando essas partes horríveis de lado vamos ao que interessa. (Tem spoilers obviamente) 

O plot chega até a ser interessante. Não a parte do Wahlberg. É lixo, lembra? Uma empresa de tecnologia conseguiu recuperar partes de alguns transformers para remodelagem, que por causa da batalha de Chicago do filme anterior, estavam por todo lado. Isso dá chão para diversas interações tranformers-forças armadas que foram até bem mostradas.

A história fica um pouquinho mais complicada quando o governo americano (pra ser mais específico um time de operações especiais chamado Vento do Cemitério) tem um acordo com alguns aliens transformers misteriosos para entregar o Optimus Prime em troca da Semente. O líder dessa força alien chama-se Lockdown.



== Pausa no texto: Em todo filme  da saga Transformers aparece uma nova ~forma de poder incomparável~. O Cubo no primeiro, o All-Spark no segundo, os pilares de alguma coisa no terceiro e essa Semente agora. Brincadeira viu... ==

A Semente destrói o planeta e o faz habitável para os transformers. Enfim, a história se complica um pouco, mas até que é assistível. Comparado aos anteriores, pode-se dizer que é até uma melhora.

O time de Autobots desse filme é diferente dos anteriores. Ratchet é destruído covardemente logo no começo. Ele era legal. Mas já era. Em compensação são apresentados alguns novos que são absurdamente sensacionais.


 Bumblebee e Optimus só tiveram uma repaginada no design

 Esse é demais. Parece que ele tem um sobretudo e ele também usa uns paraquedas iradíssimos

 Um samurai robô. Não tem como errar (Mas no Wolverine Imortal ficou uma bosta)

 E esse lembra um anão da Terra Média com banca de sargento da segunda guerra. Ah, ele fuma um charuto

Alguns Decepticons também aparecem. Como dito anteriormente uma empresa chamada KSI recolhe pedaços de transformers da batalha, cria um elemento chamado 'Transfórmio' e tenta modelar seus próprios transformers. Porém, uma das peças usadas para essa remontagem é a cabeça de Megatron, que foi arrancada lindamente pelo Líder Optimus no último filme. Essa parte portanto, “ganha vida” e comanda toda a frota de transformers criados artificialmente. Essa nova forma do Megatron se chama Galvatron. Outro que aparece é Stinger, o nêmesis do Bumblebee.




Para conseguir ajuda para combater os novos inimigos, Líder Optimus vai atrás dos Dinobots, como prometido nos trailers e cartazes. São sensacionais. Só pra ser legal mesmo, pois não acrescentam nada relevante ao roteiro.







É mostrada uma parte misteriosa também. Esses novos inimigos falam de um Criador, que estava insatisfeito com o que Optimus Prime estava fazendo. Provavelmente na sequência isso vai ser explorado, já que a cena final é de Prime voando em direção à solução desse problema.

Galvatron consegue escapar de fininho e fica pro próximo filme. Os Dinobots são liberados nos arredores de Pequim, onde aconteceu a batalha final. Sim, dinossauros robôs vivem em Pequim agora. Eles poderão aparecer no próximo também.

E por falar em China há uma cena que não pode passar despercebida. Em dado momento há uma pequena briga em um elevador envolvendo o executivo da KSI e uma subalterna dele chinesa. Ela luta com o cara que está os perseguindo e acaba sendo arremessada longe. Até aí tudo bem, uma chinesa treinada em defesa pessoal. Mas de repente um operário chinês genérico sai de dentro do elevador e de uma maneira bem Jackie Chan põe o cara pra dormir. É isso mesmo que é pra sacar? Na China todos lutam kung-fu?


Menção honrosa para T. J. Miller. Um ator divertido que poderia ser um bom alívio cômico do filme e foi covardemente limado logo no começo. Ele faz um papel hilário na série Silicon Valley.

Nota 7.

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